Nesses tempos de eleições é interessante notar o que pensamos e por que pensamos. Dizer que o texto é sobre eleições é um grande erro(até porque foi escrito há algum tempo). O texto é dramático demais, é exagerado demais. Ele não fala de eleições( ao menos não diretamente).Mas ele fala um pouquinho sobre a couraça com que a acomodação e a ignorância nos amordaça. E eu o posto aqui, para pensarmos sobre quem somos e por que somos.
Também fui movido pelo filme Doutor Jivago.
Aí vai:
Mesmo todo esse vidro não me impede de ver.
Esse vidro espesso, opaco, translúcido, sanfonado
A luz insiste em passar, imagem nascendo e morrendo
Fluxo interminável
A luz que ilumina os olhos, abre a mente, me possibilita enxergar
Jogam-me tampões, tapas, cabrestos, mas não me alcançarão, não tapam a visão e os olhos são os que menos enxergam
Não é só numa direção que vou olhar. Tenho frente, lados, trás e nada pode me acorrentar.
Que me calem,ceguem,ensurdeçam, enlouqueçam
De sentir não estarei livre
E livre sou por sentir, e mais:por pensar.
Obs: Essa coisa rimada e não me apetece mas ele é assim: rimadinho, mesmo.