quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A problemática do ácido-base.

Em homenagem à querida Andréa Motta, que me dá forças. A ela segue o texto e o meu sincero muito obrigado. O texto não é pra ela ou sobre ela, mas eu o dedico a ela, grande apreciadora de literatura.

Aí vai:

Me classificam ácido.
E pior: forte e oxidante.
Do nariz largo e traços grosseiros.
Membro avantajado- tamanha desvantagem!

Sou base, doador(a).
E das mais fortes.
Quem em aquoso se dissocia.
E doa, doa e doa.
Elétrons, hidroxilas, tudo.
E recebe.
H+, H+,H+.
Quão receptor!
Sou.

Nasci dotado de Hidrogênio.
Pior: íon.
H+.
Em água produzo hidrônio.
Mas contra minha vontade- juro.
No armário queria estar à direita, com os hidróxidos.
Odeio o muro que nos separa-acham que reagimos violentamente.
Mas um dia saio dele- juro.

E que mudem os conceitos básicos de química.
Que morram Arrhennius, Lowry e Lewis.
Aos infernos as funções inorgânicas!
E junto levem suas tolas classificações.
Que calculem meus hidrogênios mas me vejam base, alcalino.
Que se ioniza mas tem pH maior que 7.

Mas que doa.
Sempre.
Que é.
E é por escolha, vontade própria ou condição.
É.