segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Desencontro

Até escrevi sobre essa confusão toda que houve no Rio, talvez um dia poste, mas não me interessa a guerra, e sim o amor.

Me interessa o amor.
Ele quer o prazer.
Eu quero seu amor.
Não lhe interessa meu prazer.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

domingo, 17 de outubro de 2010

BiHomoHétero

??BiHomoHétero??
?O que escolher?

Seja hétero!
Odeie os bis!
Sinta pena dos Homos!


Hoje li no Globo algumas matérias falando sobre o preconceito à homossexualidade entranhado na nossa cultura. Já tinha escrito, mas acho que é um bom momento para postá-lo. Muitos interpretaram de forma errada. Mas o espaço é meu e a interpretação é de vocês. Interpretem como preferirem, mas saibam: Digo exatamente o que não quero dizer. De qualquer modo, é forte.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Poema da Esperança Colorida

Não é poesia. É pobre linguisticamente, sei disso. Mas como já disse que é um espaço de literatura duvisosa, me sinto à vontade para postá-lo. É um grito, e dos mais estridentes.É muito e não é tudo, mas tudo o que é, com certeza, é verdadeiro. Lá vai:

Me dói saber que o mundo não é azul-rosado.
E por causa da constatação, estar alienado.
Ao azul e rosa não estou limitado.
Desejo o arco-íris por inteiro.
E de fronteira, me dêem o branco.
A epifânica mistura de todas as cores.

E me dizem: o mundo é preto e cinzento!

É daí que surge a esperança.
O cinza é cor!
É cor atrapalhando o preto, a ausência.

Refuto: melhor preto e cinzento que apenas preto, apenas vazio!

E é o cinza que me faz acreditar.
Me faz acreditar que o azul,o rosa,overde e seus concorrentes (todos cores) ainda estão aqui.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Vidraça Suja

Nesses tempos de eleições é interessante notar o que pensamos e por que pensamos. Dizer que o texto é sobre eleições é um grande erro(até porque foi escrito há algum tempo). O texto é dramático demais, é exagerado demais. Ele não fala de eleições( ao menos não diretamente).Mas ele fala um pouquinho sobre a couraça com que a acomodação e a ignorância nos amordaça. E eu o posto aqui, para pensarmos sobre quem somos e por que somos.
Também fui movido pelo filme Doutor Jivago.

Aí vai:




Mesmo todo esse vidro não me impede de ver.
Esse vidro espesso, opaco, translúcido, sanfonado
A luz insiste em passar, imagem nascendo e morrendo
Fluxo interminável

A luz que ilumina os olhos, abre a mente, me possibilita enxergar
Jogam-me tampões, tapas, cabrestos, mas não me alcançarão, não tapam a visão e os olhos são os que menos enxergam
Não é só numa direção que vou olhar. Tenho frente, lados, trás e nada pode me acorrentar.

Que me calem,ceguem,ensurdeçam, enlouqueçam
De sentir não estarei livre
E livre sou por sentir, e mais:por pensar.

Obs: Essa coisa rimada e não me apetece mas ele é assim: rimadinho, mesmo.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Mixto Quente

Depois de escrevê-lo, dei-me uma explicação. Para me situar.
E escrevi: Meio Gran Torino;Geraldo Azevedo;2ª Guerra Mundial;Ditadura Militar;Corsário. Acho que foi essa mistura que me fez escrever.

Resolvi publicá-lo aqui depois de ver o relato de um sobrevivente da 2ª Guerra. Senti algo que me remeteu ao poema. Escrevi na sala de aula. Na verdade fui dormir com esta ideia. Não, não sonhei. Aí vai:



Oh desdita tão dura.
Me ditou a dureza.
Me armou os dentes.
Platina,ouro metal.

Alicates afiados, enferrujados, ensanguentados, cortando carne;
O sangue jorrando e não se pode gritar;
Estando vivo e não querendo estar.

Veteranos de guerra:
velhos arrependidos,
frustrados, destemidos,
que não ousaram matar.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Esqueceu-se de ser.

Reflexãozinha sobre o mundo atual. Embora o propósito do blog seja a poesia, ainda não me sinto à vontade para postar versos aqui.


O homem ao longo do tempo foi criando provas, testes, enfim, tudo para fortalecer-lhe o ego. Entretanto, atualmente, a disputa está tão acirrada que esses testes e provas só servem para semear tristeza e acabar com o ego. E que assim seja, que o ego se vá, porém,junto a ele vai a auto-estima, imprescindível à vivencia humana. Hoje passar no vestibular é, com toda certeza, muito mais valioso do que ser um bom filho, do que ser inteligente, que dirá de ser culto. O que vale hoje são os diplomas—papéis empoeirados abarrotados de tinta pendurados em molduras velhas e exibidas. Ilusão. Status. Nada mais. E aqueles que ficaram apreensivos, ou que não estudaram o suficiente, ficam para trás, esquecidos por um mundo que se esqueceu do sentir, do amar, do viver. Um mundo em que Ser é o que menos importa.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

A Dolorosa Descoberta da Mediocridade.

É duro descobrir sua mediocridade. É difícil constatar que você é apenas mais um, apenas mais um misturador de palavras, aproveitador delas. Que seu nome nunca vai ser lembrado num livro de história, que dirá, num de literatura. Que todos os elogios eram apenas subterfúgios para para a condição de existência humana: sonhar, pretender. Saber que seus poemas,músicas seus quaisquer-coisas se perderão na poeira do descaso e, se tiverem sorte, se desfigurarão no calor de uma gaveta empoeirada. É doloroso ver seus sonhos caírem, suas pretensões,tão despretensiosas, tão sonhadoras, caírem.Ter de abaixar a cabeça, o coração, para os melhores. É duro descobrir-se de verdade, dói. É difícil desmaranhar toda a névoa dos sonhos e descobrir que você é apenas mais um. Nada mais.




Nota- não sei se importante-: escrevi isto depois de ler sobre Arnaldo Antunes, um artista que eu admiro. Fiquei com inveja e escrevi. Não era só inveja. Era medo de fracassar, de decepcionar, era insegurança. Era um turbilhão de coisas.

O Início.

Geralmente é assim que as coisas começam, pelo início. Me chamo Victor Maia( e sei que não se inicia frases com pronomes)e assino esta página como Maia. Aqui pretendo publicar meus escritos. Não sei com que intuito. Se gostarem, ficarei feliz. Se não, não sei como ficarei. Mas enfim, não sei com qual texto começarei as publicações. A quem ler a mensagem, agradeço a paciência.