Cineastas às vezes dedicam seus filmes. Os filmes que fiz, não dediquei. Espero que faça outros e tenha mais oportunidades de dedicatórias. Enquanto isso, poeta que sou, só posso dedicar poemas. E o faço:
à Aline( concebemos juntos a palavra Morama).
Havia um casal de amores.
Passeavam felizes por ruas arborizadas.
Andavam a passos lentos, enamorados:
Amor e Amor.
Com pedras e buracos a vida era perfeita.
Não viram a pedra:
tropeçaram.
Caíram um por cima do outro.
Se fundiram:
Amor + Amor = Moramo.
(No caminho ficaram um a e um r, que era composição por aglutinação)
Agora eram só um.
E eram Moramo, com M de nome próprio.
Heterossexuais que eram, precisavam de uma Morama.
Eram amor, o mais poderoso que há: poderiam criar qualquer coisa.
Já tinham um a e um r, da fusão.
Foi fácil arrumar um amo, que era a conjugação de seus verbos
e por isso o mais importante que há.
O m achou pelo caminho: há mais letras e palavras por aí do que podemos imaginar.
Formaram outro casal:
Amor + Amor = Moramo
a + r + amo + m = Morama
______________________
Moramo e Morama.
Não viveram felizes para sempre.
Viveram o começo e o meio de suas histórias.
E no meio do caminho encontraram o poeta
que não sabia findar histórias:
Eles estão vivos!
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